CARTAS DE CONTROLE (ATRIBUTOS E VARIÁVEIS)

As Cartas de Controle são ferramentas fundamentais para avaliar e aprimorar processos e impactam diretamente na qualidade do produto ou serviço.

Vamos explorar: Estrutura e Significado

As Cartas de Controle são a bússola que guia nossos esforços na busca pela excelência.

Elas estruturam dispositivos de controle em um processo, tanto para o produto ou serviço quanto para o próprio processo de produção ou prestação.

Nosso objetivo é ir além do simples controle, alcançando a verdadeira melhoria contínua.

Momento Crucial: Variação aleatória e Causas comuns

A ferramenta de Análise dos Modos de Falha (FMEA) nos serve como ponto de partida para compreender a origem das variações no processo.

Controles e dispositivos são identificados meticulosamente, desde métodos de medição até planos de ação para garantir a conformidade com os requisitos estabelecidos.

Cartas de Controle na prática: Mapeando a jornada para a excelência

Elas são essenciais nas indústrias de manufatura e serviços, especialmente quando falhas podem surgir tardiamente no processo. Elas oferecem um guia durante o pré-lançamento e a produção / operação e, resultam de uma análise de risco detalhada.

Decifrando as Linhas: Limite Superior e Inferior de Controle

A carta de controle é um gráfico para acompanhar um processo e mostra uma linha superior – Limite Superior de Controle (LSC) – e uma linha inferior – Limite Inferior de Controle (LIC) – em cada lado da linha média do processo, todos estatisticamente determinados.

Qualquer desvio fora desses limites alerta sobre irregularidades e vão revelar causas especiais, que exigem uma atenção imediata.

Já, as flutuações dentro dos limites indicam variação intrínseca ao processo.

Estes limites são determinados através da coleta de amostras e, aplica-se a média das amostras na fórmula apropriada.

Depois, deve-se indicar essas médias das amostras na carta para verificar se os pontos estão fora dos limites de controle ou apresentam um padrão “não natural”.

Se qualquer desses fatos ocorrerem o processo é dito “fora de controle”.

As flutuações dos pontos, dentro dos limites de controle, ocorrem devido a causas comuns dentro do sistema – projeto, equipamentos, manutenções preventivas, outras – e somente pode ser alterado por uma mudança no próprio sistema.

Caso apareçam pontos fora dos limites de controle, indicam ocorrência de causas especiais – erro humano, acidentes, quebras de equipamentos e peças e, outras – que não são ocorrências originais do processo.

E, estas causas devem ser eliminadas ANTES de serem utilizadas as cartas de controle como ferramentas de monitoração. Após feito isto, o processo estará “sob controle” e podem ser tiradas amostras em intervalos regulares para termos certeza de que o processo não sofre mudanças fundamentais.

Duas faces das Cartas de Controle: Variáveis e Atributos

Existem duas Cartas de Controle a considerar:

a) Cartas de Controle por Variáveis:

Utilizadas para amostras quantitativas (comprimento, peso, volume, etc.).

b) Cartas de Controle por Atributo:

Aplicadas a amostras qualitativas (defeituoso/não defeituoso, passa/não passa, etc.).

É preciso investigar aquilo que indica estar Fora do Controle

Ao investigar os desvios, respondemos questões cruciais, desde a precisão dos instrumentos até mudanças nos procedimentos de manutenção, por exemplo.

Essa análise profunda nos guia na restauração do controle e assegura amostras confiáveis.

Neste caminho desafiador, a compreensão das Cartas de Controle não apenas moldará sua visão sobre processos, mas abrirá as portas para uma excelência operacional duradoura.

Eis os passos a serem seguidos para sua construção:

  • A coleta e o registro das amostras devem ser feitas em sequencia, para trazer resultados confiáveis.
  • Informe aos operadores que haverá a coleta e o registro de amostras da produção.
  • Durante a coleta e registro das amostra NÃO interfira ou mude o processo, para trazer a realidade.
  • Os Limites (LSC) e (LIC) são determinados de maneira estatística por um processo não controlado, ao se coletar amostras.
  • CARTAS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS (peso, volume, comprimento, etc.)

Calcular a média e a amplitude das amostras de cada subgrupo:

n = quantidade de amostras coletadas

Calcular a média do processo e a média da amplitude:

k = quantidade de subgrupos (entre 20 a 25 grupos de amostras)

Para calcular os Limites de Controle:

  • CARTAS DE CONTROLE POR ATRIBUTO (passa / não passa, defeituoso / não defeituoso, etc.)

A carta p = fração com defeito (*)

A carta np = quantidade total de defeituosos (*)

A carta c = quantidade de não-conformidade com tamanho de amostra constante

A carta u = quantidade de não-conformidade com variação (*)

Obs.: (*) as fórmulas acima indicadas criam limites de controle mutáveis. Para evitar use um tamanho de amostra médio,

para amostras divergentes com +/- 20% em tamanho entre si. Calcule os limites individuais para as amostras que excedam estes +/- 20% em tamanho.

  • INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLE

Seu processo está “descontrolado” se:

a) Um ou mais pontos estão fora dos liites de controle.

b) Se separa a carta de controle em zonas e

Vale observar que, se houve mudança / alteração, para possível ajustes no seu processo, caso ocorram:

  1. Duas leituras, em 3 sucessivas, de um mesmo lado da linha central, na Zona A ou acima desta.
  2. Quatro leituras, em 5 sucessivas, de um mesmo lado da linha central, na Zona B ou acima desta.
  3. Nove leituras sucessivas no mesmo lado da linha central.
  4. Seis leituras sucessivas, acima ou abaixo da linha central.
  5. Quatorze leituras numa série se alternam para cima ou para baixo da linha central.
  6. Quinze leituras numa série dentro da Zona C, acima ou abaixo da linha central.

Estar atento para investigar, com as seguintes questões, se o seu processo está “fora de controle”:

  • Existem diferenças na precisão dos instrumentos de medição?

( ) Sim ( ) Não

  • Há métodos diferentes sendo aplicados por operadores diferentes?

( ) Sim ( ) Não

  • O ambiente afeta o processo (temperatura, umidade, vibração, etc.)?

( ) Sim ( ) Não

  • Variações ambientais são significativas?

( ) Sim ( ) Não

  • As ferramentas utilizadas afetam o processo, por desgaste?

( ) Sim ( ) Não

  • Operadores não treinados estavam a trabalhar, durante a coleta de amostras?

( ) Sim ( ) Não

  • Houve alteração das matérias-primas?

( ) Sim ( ) Não

  • A fadiga do operador afetou o processo?

( ) Sim ( ) Não

  • Houve mudança nos procedimentos de manutenção?

( ) Sim ( ) Não

  • O equipamento / máquina tem sido ajustado com frequencia?

( ) Sim ( ) Não

  • As amostras são coletadas de equipamentos diferentes? Turnos? Operadores?

( ) Sim ( ) Não

  • Os operadores tem receio de dar “más notícias”?

( ) Sim ( ) Não

 

 

SYNtonize! CARTAS DE CONTROLE

IMPORTANTE: “controle” não significa necessariamente que o produto ou serviço atenderá suas expectativas.

Significa apenas que o processo é consistente (e, pode ser consistentemente ruim!!).

Pode ocorrer que o processo está sob controle, mas não é capaz de atender às especificações.

Mesmo que melhore o processo ou mude as especificações.

Especificação é algo se espera atingir e limites de controle é aquilo que o processo pode fornecer com consistência.

Lembre-se de que as cartas de controle normalmente mostram apenas os limites de controle e não os limites de especificação.

Procure construir as suas Cartas de Controle de maneira que identifiquem as variações nos processos de sua organização. Em caso de ajuda, gentileza entrar em contato.

Avante sempre, syn!