TRIZ (TEORIA DA SOLUÇÃO INVENTIVA DE PROBLEMAS)

Foi desenvolvido pelo inventor russo e autor de ficção científica Genrich Altshuller (1926-1998) e seus colegas, entre 1946 e 1985.

O nome é geralmente traduzido como Teoria da Solução Inventiva de Problemas.

O TRIZ é um sistema de solução criativa de problemas, comumente usados em engenharia e gerenciamento de processos.

Segue quatro etapas básicas:

1. Defina seu problema específico.

2. Encontre o problema generalizado do TRIZ que corresponde a ele.

3. Encontre a solução generalizada que resolve o problema generalizado.

4.  Adapte a solução generalizada para resolver seu problema específico.

A maioria dos problemas resulta de contradições técnicas ou físicas.

Ao aplicar um dos vários princípios e leis TRIZ para eliminar essas contradições, e você pode resolver o problema.

Vamos refletir sobre alguns pontos, que vale a pena considerar. Procure associar com sua organização.

O TRIZ, sendo um princípio para solução de problemas baseada em lógica, dados e pesquisa, e não na intuição, é mais poderoso que o BRAINSTORMING, que depende da intuição e do conhecimento existente dos participantes e, algumas vezes os resultados são imprevisíveis.

Melhorar seus processos de desenvolvimento de produtos / serviços é uma maneira de poder aumentar a competitividade. No desenvolvimento de produtos, a necessidade de competitividade significa redução do tempo de desenvolvimento, aumento da qualidade e redução do custo dos produtos / serviços nos seus ciclos de vida.

Isso incluí desde a concepção de uma ideia, as etapas iniciais (definição do produto, planejamento de produto, projeto conceitual), com altos níveis de abstração, até as pesquisas das etapas finais de todo o ciclo de desenvolvimento (construção de protótipos, testes, simulação e otimização).

Estudos e experiências indicam que as decisões tomadas nas etapas iniciais do desenvolvimento de produto são as que produzem os maiores impactos no custo total e na qualidade do produto e, podem significar até 80% do custo total!

G. S. Altshuller e seu time de colaboradores estudou patentes de diferentes áreas e setores, com o objetivo de buscar alternativas mais eficazes aos métodos de solução criativa de problemas então disponíveis. Nesse estudo – via patentes – analisadas como registros do produto criativo das áreas técnicas das organizações, foram encontradas certas regularidades, a partir das quais foram
definidos princípios, leis e uma teoria para a solução de problemas, a TRIZ.

Os conceitos fundamentais da TRIZ são IDEALIDADE, CONTRADIÇÃO e RECURSOS.

IDEALIDADE: é a razão entre o número de funções desejadas e o número de funções indesejadas que o sistema (seu produto / serviço) executa. É como um “preço” pago pela execução de funções desejadas pelos seus usuários. O usuário e a sociedade “pagam” o custo financeiro de seu sistema, que incluí o desenvolvimento, sua utilização e manutenção, sua produção, até o seu descarte.

Quanto mais próximo do ideal, menor é esse “preço”.

Desse conceito se define o RFI (Resultado Final Ideal), que é uma solução à qual se pretende chegar na solução do problema, arbitrária e mais próxima do ideal que a solução atual.

CONTRADIÇÕES: São os requisitos conflitantes com relação a um mesmo sistema (seu produto / serviço).

Podem ser CONTRADIÇÕES TÉCNICAS e /ou CONTRADIÇÕES FÍSICAS.

Por exemplo, um rodo deve puxar a água, porém essa precisa ser levada a um ralo ou outro local de descarte, para secar o ambiente que se deseja deixar seco. Isso pode requerer a adição de panos, que terão a função de absorvê-la. Será necessário então, um rodo e panos. Uma solução extrema pode ser a adoção de um rodo que absorva a água, enquanto se passa no local que se quer secar. Uma solução que
procura contornar a contradição seria então, unir rodo e pano em um mesmo equipamento.

A busca de solução da contradição consiste em não procurar evitá-la, mas, resolvê-la criativamente.
Como um exemplo de solução que resolve a contradição, uniu-se rodo, esponja no lugar da borracha e uma haste para retirar a água acumulada na esponja.

 

Imagem meramente ilustrativa, sem caráter comercial.

Contradições Técnicas

Estas são “compensações” de engenharia clássica, nas quais você não pode alcançar o estado desejado porque alguma outra coisa no sistema a impede. Ou seja, quando algo melhora, alguma coisa piora.

As principais contradições técnicas estão resumidas na Matriz de Contradição TRIZ. Como acontece com todos os recursos do TRIZ, é preciso tempo e estudo para se familiarizar com a Matriz de Contradição.

Contradições Físicas (ou “inerentes”).

Ocorrem quando um sistema sofre requisitos contraditórios e opostos.

Você pode resolver contradições físicas com os Princípios de Separação do TRIZ. Estes separam os seus requisitos de acordo com as categorias básicas de ESPAÇO, TEMPO e ESCALA.

RECURSOS: podem ser definidos como quaisquer elementos do sistema ou do entorno que ainda não foram utilizados para a execução de funções úteis no sistema. Essa ação de simples identificação de recursos não aproveitados em um sistema pode levar a soluções inventivas.

Existem diferentes classes de recursos: Internos; Externos; Naturais; Sistêmicos; Funcionais; Espaciais; Temporais; de Campo; de Substância e de Informação.

Eis os 40 Princípios Inventivos e Inovativos, para lhe apoiar e inspirar na busca de solução de seus problemas:

PRINCÍPIO 1 SEGMENTAÇÃO

1. Divida um objeto em partes independentes:

    • Substitua o computador mainframe por computadores pessoais.

    • Substitua um caminhão grande por um caminhão e reboque.

    • Use uma estrutura de detalhamento de trabalho para um projeto grande.

2. Torne um objeto fácil de desmontar:

    • Mobiliário modular.

    • Juntas de desconexão rápida no encanamento.

3. Aumente o grau de fragmentação ou segmentação:

    • Substitua tons sólidos por persianas venezianas.

    • Use metal de solda em pó em vez de folha ou haste para obter melhor penetração da junta.

PRINCÍPIO 2 RETIRADA

1. Separe uma parte ou propriedade interferente de um objeto ou destaque a única parte (ou propriedade) necessária de um objeto.

    • Localize um compressor barulhento fora do edifício onde o ar comprimido é usado.

    • Use fibra óptica ou um tubo de luz para separar a fonte de luz quente do local onde a luz é necessária.

    • Use o som de um cachorro latindo, sem o cachorro, como alarme de roubo.

PRINCÍPIO 3 QUALIDADE LOCAL

Alterar a estrutura de um objeto de uniforme para não-uniforme, mudar um ambiente externo (ou influência externa) de uniforme para não-uniforme.

1. Use um gradiente de temperatura, densidade ou pressão em vez de temperatura, densidade ou pressão constantes.

2. Faça com que cada parte de um objeto funcione nas condições mais adequadas para o seu funcionamento.

    • Lancheira com compartimentos especiais para alimentos sólidos quentes e frios e para líquidos.

3. Faça com que cada parte de um objeto cumpra uma função diferente e útil.

    • Lápis com borracha

    • Martelo com puxador de pregos

    • Ferramenta multifuncional que escala peixes, atua como um alicate, um decapante de arame, uma chave de fenda de lâmina plana, uma chave de fenda Phillips, um conjunto de manicure, etc.

PRINCÍPIO 4 ASSIMETRIA

1. Altere a forma de um objeto de simétrica para assimétrica.

    • Vasos de mistura assimétricos ou palhetas assimétricas em vasos simétricos melhoram a mistura (caminhões de cimento, misturadores de bolo, liquidificadores).

    • Coloque um ponto plano em um eixo cilíndrico para prender um botão com segurança.

2. Se um objeto for assimétrico, aumente seu grau de assimetria.

    • Mude de anéis circulares para seção transversal oval para formas especializadas para melhorar a vedação.

    • Use óptica astigmatica (distorção de imagens) para mesclar cores.

PRINCÍPIO 5 MESCLAGEM

1. Aproxime (ou mescle) objetos idênticos ou semelhantes, monte peças idênticas ou semelhantes para realizar operações paralelas.

    • Computadores pessoais em uma rede.

    • Milhares de microprocessadores em um computador com processador paralelo.

    • Palhetas em sistema de ventilação.

    • Chips eletrônicos montados em ambos os lados de uma placa de circuito ou subconjunto.

2. Tornar as operações contíguas ou paralelas; reúna-os no tempo.

    • Conecte ripas em venezianas ou verticais.

    • Instrumentos de diagnóstico médico que analisam múltiplos parâmetros sanguíneos simultaneamente.

PRINCÍPIO 6 UNIVERSALIDADE

1. Fazer com que uma peça ou objeto execute múltiplas funções; eliminar a necessidade de outras peças.

    • Alça de uma escova de dentes contém pasta de dentes.

    • Cadeirinha de segurança para carro de criança converte-se em carrinho de bebê

    • Cortador de grama mulching (Sim, demonstra os Princípios 5 e 6, Fusão e Universalidade).

    • Líder de equipe atua como gravador e cronoanalista.

    • CCD (Charge Coupled Device) com microlentes formadas na superfície,

PRINCÍPIO 7 BONECA ANINHADA

1. Coloque um objeto dentro de outro; Coloque cada objeto, por sua vez, dentro do outro.

    • Copos ou colheres de medição

    • Bonecas russas

    • Sistema de áudio portátil (microfone cabe dentro do transmissor, que se encaixa dentro da caixa do amplificador)

2. Faça uma parte passar por uma cavidade na outra.

    • Antena de rádio extensível

    • Ponteiro de extensão

    • Lente de zoom

    • Mecanismo de retração do cinto de segurança

    • Trem de pouso retrátil da aeronave guardado dentro da fuselagem (também demonstra o Princípio 15, Dinamismo).

PRINCÍPIO 8 ANTI-PESO

1. Para compensar o peso de um objeto, mescle-o com outros objetos que fornecem sustentação.

    • Injete o agente espumante em um feixe de toras, para fazê-lo flutuar melhor.

    • Use balão de hélio para apoiar sinais publicitários.

2. Para compensar o peso de um objeto, fazê-lo interagir com o ambiente (por exemplo, usar aerodinâmica, hidrodinâmica, flutuabilidade e outras forças).

    • A forma da asa da aeronave reduz a densidade do ar acima da asa, aumenta a densidade abaixo da asa, para criar sustentação. (Isso também demonstra o Princípio 4, Assimetria).

    • As tiras de vórtice melhoram a elevação das asas das aeronaves.

    • Os hidrofólios levantam o navio para fora da água para reduzir o arrasto.

PRINCÍPIO 9 ANTI-AÇÃO PRELIMINAR

1. Se for necessário fazer uma ação com efeitos nocivos e úteis, essa ação deve ser substituída por anti-ações para controlar os efeitos nocivos.

    • Tamponar uma solução para evitar danos causados por extremos de pH.

    • Crie tensões prévias em um objeto que se oporão a tensões de trabalho indesejáveis conhecidas mais tarde.

    • Vergalhões de pré-tensão antes de despejar o concreto.

2. Mascarar qualquer coisa antes da exposição prejudicial.

    • Use um avental de chumbo em partes do corpo que não estão sendo expostas a raios-X.

    • Use fita adesiva para proteger a parte de um objeto que não está sendo pintada

PRINCÍPIO 10 PROVIDÊNCIA CAUTELAR

1. Executar, antes que seja necessária, a alteração necessária de um objeto (total ou parcialmente).

    • Papel de parede pré-colado.

    • Esterilizar todos os instrumentos necessários para um procedimento cirúrgico em uma bandeja selada.

2. Pré-organize os objetos de forma que eles possam entrar em ação no local mais conveniente e sem perder tempo para sua entrega.

    • Arranjos Kanban em uma fábrica Just-In-Time.

    • Célula de fabricação flexível.

PRINCÍPIO11 AMORTECIMENTO PRÉVIO

1. Prepare meios de emergência com antecedência para compensar a confiabilidade relativamente baixa de um objeto.

Banda magnética em filme fotográfico que direciona o revelador para compensar a má exposição.

Paraquedas de backup.

Sistema de ar alternativo para instrumentos de aeronaves.

PRINCÍPIO 12 EQUIPOTENCIALIDADE

1. Em um campo potencial, limite as mudanças de posição (por exemplo, altere as condições operacionais para eliminar a necessidade de elevar ou abaixar objetos em um campo gravitacional).

    • Sistema de entrega de peças com mola em uma fábrica.

    • Eclusas em um canal entre 2 corpos d’água (Canal do Panamá).

    • “Frigideiras” em uma fábrica de automóveis que trazem todas as ferramentas para a posição correta (também demonstra o Princípio 10, Ação Preliminar).

PRINCÍPIO 13 “O CONTRÁRIO”

1. Inverta a(s) ação(ões) usada(s) para resolver o problema (por exemplo, em vez de resfriar um objeto, aqueça-o).

    • Para soltar as partes presas, resfrie a parte interna em vez de aquecer a parte externa.

    • Traga a montanha para Maomé, em vez de trazer Maomé para a montanha.

2. Tornar as partes móveis (ou o ambiente externo) fixas e as partes fixas móveis.

    • Gire a peça em vez da ferramenta.

    • Calçada em movimento com pessoas em pé

    • Esteira (para caminhar ou correr no local)

3. Vire o objeto (ou processo) “de cabeça para baixo”.

    • Vire um conjunto de cabeça para baixo para inserir fixadores (especialmente parafusos).

    • Esvaziar grãos de contêineres (navio ou ferrovia) invertendo-os.

PRINCÍPIO 14 ESFEROIDALIDADE OU CURVATURA

1. Em vez de usar partes, superfícies ou formas retilíneas, use as curvilíneas; passar de superfícies planas para esféricas; de partes em forma de cubo (paralelepípedo) a estruturas em forma de bola.

    • Use arcos e cúpulas para força na arquitetura.

    • Use rolos, bolas, espirais, cúpulas.

    • A engrenagem espiral (Nautilus) produz resistência contínua para levantamento de peso.

    • Canetas esferográficas e pontiagudas para distribuição suave de tinta.

2. Passe do movimento linear para o rotativo, use forças centrífugas.

    • Produza movimento linear do cursor na tela do computador usando um mouse ou um trackball.

    • Substitua as roupas torcidas para remover a água por roupas giratórias em uma máquina de lavar.

    • Use rodízios esféricos em vez de rodas cilíndricas para mover móveis.

PRINCÍPIO 15 DINÂMICA

1. Permitir (ou projetar) que as características de um objeto, ambiente externo ou processo mudem para serem ótimas ou para encontrar uma condição operacional ideal.

    • Volante ajustável (ou assento, ou apoio para trás, ou posição do espelho).

2. Divida um objeto em partes capazes de se mover em relação umas às outras.

    • O teclado do computador “borboleta” (também demonstra o Princípio 7, “boneca aninhada”).

3. Se um objeto (ou processo) for rígido ou inflexível, torne-o móvel ou adaptável.

    • O boroscópio flexível para examinar motores.

    • O sigmoidoscópio flexível, para exame médico.

PRINCÍPIO 16 AÇÕES PARCIAIS OU EXCESSIVAS

1. Se 100% de um objeto é difícil de alcançar usando um determinado método de solução, então, usando “um pouco menos” ou “um pouco mais” do mesmo método, o problema pode ser consideravelmente mais fácil de resolver.

    • Ao pintar com spray, gera excesso. Em seguida, remova o excesso. (Ou, use um estêncil – esta é uma aplicação do Princípio 3, Qualidade Local e Princípio 9, Anti-ação preliminar).

    • Encha o tanque de gasolina do seu carro e, depois “entupa” ao encher .

PRINCÍPIO 17 OUTRA DIMENSÃO

1. Para mover um objeto no espaço bidimensional ou tridimensional.

    • O mouse infravermelho do computador se move no espaço, em vez de em uma superfície, para apresentações.

    • A ferramenta de corte de cinco eixos pode ser posicionada onde necessário.

2. Use um arranjo de vários andares de objetos em vez de um arranjo de um único andar.

    • Porta CDs com 6 unidades para aumentar o tempo de música e variedade.

    • Chips eletrônicos em ambos os lados de uma placa de circuito impresso.

    • Os funcionários “desaparecem” dos clientes em um parque temático, descem em um túnel e caminham até sua próxima tarefa, onde retornam à superfície e reaparecem magicamente.

3. Incline ou reoriente o objeto, coloque-o de lado.

    • Caminhão “use o outro lado” de uma determinada área.

    • Empilhar circuitos híbridos microeletrônicos para melhorar a densidade.

PRINCÍPIO 18 VIBRAÇÃO MECÂNICA

1. Faça com que um objeto oscile ou vibre.

    • Faca de talha elétrica com lâminas vibratórias.

2. Aumente sua frequência (até mesmo a ultra-sônica).

    • Distribua pó com vibração.

3. Use a frequência de ressonância de um objeto.

    • Destrua pedras na vesícula ou pedras nos rins usando ressonância ultra-sônica.

4. Use vibradores piezoelétricos em vez de mecânicos.

    • Oscilações de cristal de quartzo acionam relógios de alta precisão.

5. Use oscilações combinadas de campo ultra-sônico e eletromagnético.

    • Mistura de ligas em forno de indução.

PRINCÍPIO 19 AÇÃO PERIÓDICA

1. Em vez de ação contínua, use ações periódicas ou pulsantes.

    • Bater em algo repetidamente com um martelo.

    • Substitua uma sirene contínua por um som pulsado.

2. Se uma ação já é periódica, altere a magnitude ou frequência periódica.

    • Use a Frequência Modulada para transmitir informações, em vez do código Morse.

    • Substitua uma sirene contínua por um som que muda de amplitude e frequência.

3. Use pausas entre os impulsos para executar uma ação diferente.

    • Na respiração cardiopulmonar (RCP) respirar após cada 5 compressões torácicas.

PRINCÍPIO 20 CONTINUIDADE DA AÇÃO ÚTIL

1. Realizar trabalhos continuamente; Faça com que todas as partes de um objeto trabalhem com carga total, o tempo todo.

    • O volante (ou sistema hidráulico) armazena energia quando um veículo para, para que o motor possa continuar funcionando na potência ideal.

    • Execute as operações de gargalo em uma fábrica continuamente, para atingir o ritmo ideal. (Da Teoria das Restrições (TOC), ou Operações takt time).

2. Elimine todas as ações ou trabalhos ociosos ou intermitentes.

    • Imprima durante o retorno de uma impressora matricial, impressoras a jato de tinta.

PRINCÍPIO 21 PULAR

1. Conduzir um processo ou determinadas etapas (por exemplo, operações destrutíveis, prejudiciais ou perigosas) em alta velocidade.

    • Use uma broca de dentista de alta velocidade para evitar o aquecimento do tecido.

    • Corte o plástico mais rápido do que o calor pode se propagar no material, para evitar deformar a forma.

PRINCÍPIO 22 “BENÇÃO DISFARÇADA” OU “TRANSFORME LIMÕES EM LIMONADA”

1. Use fatores nocivos (particularmente, efeitos nocivos do ambiente ou arredores) para obter um efeito positivo.

    • Use calor residual para gerar energia elétrica.

    • Reciclar resíduos (sucata) de um processo como matéria-prima para outro.

2. Elimine a ação prejudicial primária adicionando-a a outra ação prejudicial para resolver o problema.

    • Adicione um material tampão a uma solução corrosiva.

    • Use uma mistura de hélio-oxigênio para mergulhar, para eliminar a narcose de nitrogênio e envenenamento por oxigênio do ar e outras misturas de nitrox.

3. Amplificar um fator nocivo a tal ponto que ele não seja mais prejudicial.

    • Use um tiro pela culatra para eliminar o combustível de um incêndio florestal.

PRINCÍPIO 23 REALIMENTAÇÃO – FEEDBACK

1. Introduzir feedback (retorno, verificação cruzada) para melhorar um processo ou ação.

    • Controle automático de volume em circuitos de áudio.

    • O sinal da giro bússola é usado para controlar pilotos automáticos de aeronaves simples.

    • Controle Estatístico de Processo (CEP) – As medições são usadas para decidir quando modificar um processo. (Nem todos os sistemas de feedback são automatizados!).

    • Orçamentos e medições são usadas para decidir quando modificar um processo.

2. Se o feedback já for usado, mude sua magnitude ou influência.

    • Alterar a sensibilidade de um piloto automático quando estiver a menos de 10 quilômetros de um aeroporto.

    • Altere a sensibilidade de um termostato ao resfriar versus aquecer, uma vez que ele usa energia de forma menos eficiente ao resfriar.

    • Altere uma medida de gerenciamento da variação do orçamento para a satisfação do cliente.

PRINCÍPIO 24 INTERMEDIÁRIO

1. Use um artigo de transportador intermediário ou um processo intermediário.

    • Prego de carpinteiro, usado entre o martelo e o prego.

2. Mescle um objeto temporariamente com outro (que pode ser facilmente removido).

    • Porta-panelas para levar pratos quentes até a mesa.

PRINCÍPIO 25 AUTO-SERVIÇO _ SELF SERVICE

1. Faça com que um objeto sirva a si mesmo executando funções auxiliares úteis.

    • Uma bomba no cilindro de refrigerante que funciona com a pressão do dióxido de carbono que é usado para “borbulhar” as bebidas. Isso garante que as bebidas não serão “sucos” e, elimina a necessidade de sensores.

    • As lâmpadas halógenas regeneram o filamento durante o uso – o material evaporado é redepositado.

    • Para soldar aço a alumínio, crie uma interface a partir da alternância de tiras finas dos 2 materiais. Solda a frio a superfície em uma única unidade com aço em uma face e cobre na outra, em seguida, use técnicas normais de soldagem para fixar o objeto de aço à interface e a interface ao alumínio. (Este conceito também tem elementos do Princípio 24, Intermediário, e Princípio 4, Assimetria).

2. Use resíduos, energia, ou substâncias.

    • Use o calor de um processo para gerar eletricidade: “Cogeração”.

    • Utilizar dejetos animais como fertilizante.

    • Use resíduos de alimentos e gramados para criar adubo.

PRINCÍPIO 26 COPIAR

1. Em vez de um objeto indisponível, caro e frágil, use cópias mais simples e baratas.

    • Realidade virtual via computador em vez de férias caras.

    • Ouça uma fita de áudio em vez de participar de um seminário.

2. Substitua um objeto ou processo por cópias ópticas.

    • Faça levantamentos a partir de fotografias espaciais em vez de no solo.

    • Meça um objeto medindo a fotografia.

    • Faça ultrassonografias para avaliar a saúde de um feto, em vez de arriscar danos por testes diretos.

3. Se as cópias ópticas visíveis já estiverem sendo usadas, passe para cópias infravermelhas ou ultravioletas.

    • Faça imagens em infravermelho para detectar fontes de calor, como doenças em plantações, ou intrusos em um sistema de segurança.

PRINCÍPIO 27 OBJETOS BARATOS DE VIDA CURTA

1. Substitua um objeto barato por um múltiplo de objetos baratos, compreendendo certas qualidades (como vida útil, por exemplo).

    • Use objetos de papel descartáveis para evitar o custo de limpeza e armazenamento de objetos duráveis.

    • Copos plásticos em motéis, fraldas descartáveis, diversos tipos de material médico.

PRINCÍPIO 28 SUBSTITUIÇÃO MECÂNICA

1. Substitua um meio mecânico por um meio sensorial (óptico, acústico, gustativo ou olfativo).

    • Substitua uma cerca física para confinar um cão ou gato por uma “cerca” acústica (sinal audível para o animal).

    • Use um composto de mau cheiro no gás natural para alertar os usuários sobre vazamentos, em vez de um sensor mecânico ou elétrico.

2. Use campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos para interagir com o objeto.

    • Para misturar 2 pós, carregue eletrostaticamente um positivo e outro negativo. Ou use campos para direcioná-los, ou misture-os mecanicamente e deixe que seus campos adquiridos façam com que os grãos de pó se emparelhem.

3. Mude de campos estáticos para móveis, de campos não estruturados para aqueles com estrutura.

    • As primeiras comunicações usavam radiodifusão omnidirecional. Agora usamos antenas com estrutura muito detalhada do padrão de radiação.

4. Use campos em conjunto com partículas ativadas por campo (por exemplo, ferromagnéticas).

    • Aqueça uma substância que contenha material ferromagnético usando campos magnéticos variáveis. Quando a temperatura excede o ponto de Curie, o material torna-se paramagnético e não absorve mais calor.

PRINCÍPIO 29 PENUMÁTICA E HIDRÁULICA

1. Use partes gasosas e líquidas de um objeto em vez de partes sólidas (por exemplo, infláveis, cheias de líquidos, almofada de ar, hidrostática, hidrorreativa).

    • Pastilhas confortáveis de sola de sapato preenchidas com gel.

    • Armazene a energia da desaceleração de um veículo em um sistema hidráulico e, em seguida, use a energia armazenada para acelerar mais tarde.

PRINCÍPIO 30 CASCAS FLEXÍVEIS E FILMES FINOS

1. Use cascas flexíveis e filmes finos em vez de estruturas tridimensionais.

    • Use estruturas infláveis (filme fino) como capas de inverno em quadras de tênis.

2. Isole o objeto do ambiente externo usando cascas flexíveis e filmes finos.

    • Flutue uma película de material bipolar (uma extremidade hidrofílica, uma extremidade hidrofóbica) em um reservatório para limitar a evaporação.

PRINCÍPIO 31 MATERIAIS POROSOS

1. Tornar um objeto poroso ou adicionar elementos porosos (insertos, revestimentos, etc.).

    • Faça furos em uma estrutura para reduzir o peso.

2. Se um objeto já é poroso, use os poros para introduzir uma substância ou função útil.

    • Use uma malha metálica porosa para afastar o excesso de solda de uma junta.

    • Armazenar hidrogênio nos poros de uma esponja de paládio. (o combustível em um “tanque” para o carro a hidrogênio é muito mais seguro do que armazenar gás hidrogênio).

PRINCÍPIO 32 ALTERAÇÕES DE COR

1. Alterar a cor de um objeto ou seu ambiente externo.

    • Use luzes seguras em uma câmara escura fotográfica.

2. Alterar a transparência de um objeto ou seu ambiente externo.

    • Use fotolitografia para mudar material transparente para uma máscara sólida para processamento de semicondutores. Da mesma forma, mude o material da máscara de transparente para opaco para processamento de serigrafia.

PRINCÍPIO 33 HOMOGENEIDADE

1. Faça objetos interagindo com um determinado objeto do mesmo material (ou material com propriedades idênticas).

    • Faça o recipiente com o mesmo material que o conteúdo, para reduzir as reações químicas.

    • Faça uma ferramenta de corte de diamantes com diamantes.

PRINCÍPIO 34 DESCARTE E RECUPERAÇÃO

1. Faça com que partes de um objeto que cumpriram suas funções desapareçam (descarte por dissolução, evaporação, etc.) ou modifique-as diretamente durante a operação.

    • Use uma cápsula de dissolução para medicina.

    • Polvilhe água em embalagens à base de amido de milho e veja reduzir seu volume em mais de 1000X!

    • Estruturas de gelo: use gelo de água ou dióxido de carbono (gelo seco) para fazer um molde para uma estrutura de terra batida, como uma barragem temporária. Encha de terra, então, deixe o gelo derreter ou sublimar para sair da estrutura final.

2. Por outro lado, restaure partes consumíveis de um objeto diretamente em operação.

    • Lâminas de cortador de grama auto-afiantes.

    • Motores de automóveis que se dão um “ajuste” durante a corrida (os que dizem “100.000 milhas entre sintonias”).

PRINCÍPIO 35 ALTERAÇÕES DE PARÂMETRO

1. Alterar o estado físico de um objeto (por exemplo, para um gás, líquido ou sólido.

    • Congele os centros líquidos dos doces recheados, depois mergulhe no chocolate derretido, em vez de manusear o líquido bagunçado, gosmento e quente.

    • Transportar oxigênio ou nitrogênio ou gás de petróleo como um líquido, em vez de um gás, para reduzir o volume.

2. Alterar a concentração ou consistência.

    • O sabonete líquido para as mãos é concentrado e mais viscoso que o sabonete em barra no ponto de uso, facilitando a dispensação na quantidade correta e mais higiênico quando compartilhado por várias pessoas.

3. Alterar o grau de flexibilidade.

    • Use amortecedores ajustáveis para reduzir o ruído de peças caindo em um recipiente, restringindo o movimento das paredes do recipiente.

    • Vulcanize a borracha para alterar sua flexibilidade e durabilidade.

4. Altere a temperatura.

    • Eleve a temperatura acima do ponto de Curie para mudar uma substância ferromagnética para uma substância paramagnética.

    • Eleve a temperatura dos alimentos para cozinhá-los. (Altera sabor, aroma, textura, propriedades químicas, etc.).

    • Diminua a temperatura dos espécimes médicos para preservá-los para análise posterior.

PRINCÍPIO 36 TRANSIÇÕES DE FASE

1. Utilizar fenômenos que ocorrem durante transições de fase (por exemplo, alterações de volume, perda ou absorção de calor, etc.).

    • A água se expande quando congelada, ao contrário da maioria dos outros líquidos. Aníbal tem a fama de ter usado isso ao marchar sobre Roma há alguns milhares de anos. Grandes rochas bloquearam passagens nos Alpes. Ele derramou água sobre eles à noite. O frio da noite congelou a água, e a expansão dividiu as rochas em pequenos pedaços que poderiam ser deixados de lado.

    • As bombas de calor usam o calor de vaporização e o calor de condensação de um ciclo termodinâmico fechado para fazer um trabalho útil.

PRINCÍPIO 37 EXPANSÃO TÉRMICA

1. Use expansão (ou contração) térmica de materiais.

    • Encaixe uma junta apertada resfriando a parte interna para contrair, aquecendo a parte externa para expandir, juntando a junta e retornando ao equilíbrio.

2. Se a expansão térmica estiver sendo usada, use vários materiais com diferentes coeficientes de expansão térmica.

    • O termostato básico da mola foliar: (2 metais com diferentes coeficientes de expansão estão ligados de modo que ele se curva de uma maneira quando mais quente do que o nominal e o caminho oposto quando mais frio).

PRINCÍPIO 38 OXIDANTES FORTES

1. Substitua o ar comum por ar enriquecido com oxigênio.

    • Mergulho com garrafas de Nitrox ou outras misturas não aéreas para maior resistência.

2. Substitua o ar enriquecido por oxigênio puro.

    • Corte a uma temperatura mais elevada utilizando uma tocha de oxiacetileno.

    • Trate feridas em um ambiente de oxigênio de alta pressão para matar bactérias anaeróbicas e ajudar na cicatrização.

3. Expor o ar ou o oxigênio à radiação ionizante.

4. Use oxigênio ionizado.

    • Ionizar o ar para reter poluentes em um purificador de ar.

5. Substitua o oxigênio ozonizado (ou ionizado) pelo ozônio.

    • Acelerar as reações químicas ionizando o gás antes do uso.

PRINCÍPIO 39 ATMOSFERA INERTE

1. Substitua um ambiente normal por um inerte.

    • Evitar a degradação de um filamento de metal quente usando uma atmosfera de argônio.

2. Adicione partes neutras ou aditivos inertes a um objeto.

    • Aumente o volume de detergente em pó adicionando ingredientes inertes. Isso facilita a medição com ferramentas convencionais.

PRINCÍPIO 40 MATERIAIS COMPÓSITOS

1. Mudança de materiais uniformes para materiais compostos (múltiplos).

    • Os eixos compostos em tacos de golfe de resina epóxi e fibra de carbono são mais leves, mais fortes e mais flexíveis do que o metal. O mesmo para peças de aviões.

  • As pranchas de surf de fibra de vidro são mais leves e controláveis e mais fáceis de formar em uma variedade de formas do que as de madeira.
 

UFAAA!!!!! Rss …

São muitas as formas de se envolver com a busca de soluções de problemas, como as acima, concorda?

Minha intenção com essa lista é que você possa aproveitá-la como uma oportunidade de gerar provocação junto aos seus profissionais aí na organização, a estarem abertos a explorar outras possibilidades, em caso de se depararem com um esgotamento de ideias ou dificuldades antes, durante e depois dos problemas surgirem.

Volte sempre que sentir essa encruzilhada, para resgatar a motivação e o compromisso de, unidos, explorarem outras maneiras de superar os problemas.

Avante sempre, syn!

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